. PREVÊ-SE QUE, NO FINAL DE...
Países como a Índia, casa que integra no seu seio duas das maiores cidades mundiais
- Mumbai e Nova Deli -, com cerca de 20 milhões de pessoas cada, esperam poder travar
a vaga tendencial de crescente urbanização mediante o desenvolvimento
das áreas, tradicionalmente, consagradas como rurais.
Já no que toca às populações africanas, não obstante os acutais 60 pontos percentuais de ruralidade, as previsões dos especialistas convergem quanto à trajectória de inflexão do presente quadro sociotopográfico.
Não nos restam dúvidas quanto ao facto - para todos os efeitos indesmentível - de, num horizonte temporal de pouco mais de uma década, oito novas Megacidades, à escala planetária, - o conceito vem associado a um efectivo populacional mínimo de 10 milhões de habitantes comprovados - teimarem em irromper sob os fórcepes da tecnologia globalizada.
Como seria de esperar, a Ásia é quem deverá, primeiro, alcançar o ponto de rebuçado, no decorrer do período entre o ano de 2020 e o de 2025.
Cerca de 40 por cento da população chinesa vive, actulamente, em cidades ; este valor, ao que se espera, poderá ascender, até 2050, - a manterem-se os vigentes indicadores conhecidos - o valor recorde de 70 por cento, altura em que a dimensão efectiva urbana alcançará os 1000 milhões de pessoas - dados recolhidas pela Senhora Hania Zlotnik, Directora do Departamento da População das Nações Unidas.
Em 2025, Shenzen, um centro de crescentes investimentos estrangeiros, colado a Hong Kong, unir-se-à a Pequim e a Shangai enquanto a terceira megacidade com 10,2 milhões de habitantes, de acordo com os prognósticos da ONU.
No segundo páis com maior população, a Índia, portanto, apenas 29 por cento dos seus habitantes reside, hoje em dia, nas cidades. Para o ano de 2050, os estudos efectuados apontam para valores a rondar os 55 por cento.
Sendo que esta é, ainda, uma baixa percentagem, se comparada com a chinesa, o país de Ghandi granjeará, até 2025, mais duas novas megacidades, a juntar ás já existentes, Mumbai e Nova Deli : falamos, como é evidente, de Calcutá - se Madre Teresa contribuiu ou não para este sucedâneo, só o Transcendente o saberá -, com uma cifra populacional a aproximar-se dos 20,5 milhões de pessoas, e Masdras, com 10,1 milhões.
As indicações recolhidas antevêem um cenário, a nosso ver, deveras preocupante : em 2025, o planeta passará a contar com 27 Megacidades e, dado curioso, apenas uma de matriz europeia : Paris, La Cité Lumière, com uma margem tangencial de 10 milhões, a assumir a última posição do ranking.
Das 19 Megacidades, actualmente, consignadas nos anais académicos, apenas Moscovo e Istambul, antiga Constantinopla, vestem a pele de grandes metrópoles europeias.
Afinal de contas, o desmantelamento da mundividência rural e a baixa taxa de natalidade, à escala europeia, são uma realidade bem real - passamos o pleonasmo -, pouco terá de Surreal.
E quanto terá de Humanidade (Humanity) ?
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